Fonte: Notícias Automotivas
Se por um lado o mercado brasileiro trouxe uma enxurrada de lançamentos em 2012, por outro diversos veículos disseram adeus ao País, seja pelas baixas vendas obtidas nos últimos meses ou pela chegada de um substituto. A marca que mais se destacou durante o ano foi a Chevrolet, que apresentou diversos novos modelos emergentes, mais baratos e mais modernos, que chegaram para substituir os velhos carros de projetos da Opel.
A minivan Spin foi lançada no mercado nacional em junho, nas versões LT e LTZ, com cinco ou sete lugares no primeiro modelo e somente com as três fileiras de bancos na segunda variante. Com essas duas opções, visando atender diversos tipos de famílias e necessidade, em duas diferentes faixas de preço, a Chevrolet matou de uma vez só os modelos Meriva e Zafira, a primeira lançada em nosso País em 2002 e a segunda um ano antes. A substituição gerou críticas pelo público sobretudo na versão que ocuparia o lugar da Zafira, já que a Spin LTZ perdeu diversos recursos interessantes de sua antecessora, como o sistema Flex7, que "escondia" os bancos traseiros por completo no assoalho, que foi substituído por um nada agradável sistema que prende os bancos traseiros na segunda fileira por uma cordinha vermelha.
O Corsa, tanto na carroceria hatch como na sedã, também deu adeus ao Brasil. O modelo atual estreou por aqui em 2002, mesmo ano da Meriva, atraindo olhares pelo visual bem desenhado, assim com os demais modelos da divisão alemã do grupo General Motors, sobretudo no modelo hatch, com lanternas na parte superior que acompanhava o desenho do vidro. Porém, com o tempo, o Corsa foi perdendo um pouco de seu encanto e, consequentemente, as vendas. Com isso, a GM já preparava seu substituto. E eis que em outubro a marca apresenta o Onix, seu principal lançamento do ano, já que se trata de um produto que se posiciona na categoria mais agitada do mercado brasileiro, a de hatches compactos. O hatch moderno, com direto a até sistema de som com tela sensível ao toque, substituiu o Corsa e em breve substituirá o Celta, e já ocupa o top 10 dos carros mais vendidos por aqui.
Além do hatch, o Onix irá gerar frutos. No primeiro semestre do ano que vem chega oficialmente ao território nacional a nova geração do Prisma, que nada mais é do que uma versão sedã do Onix, já flagrada diversas vezes rodando em solo nacional. Por isso, o Prisma derivado do Celta já não é mais fabricado pela montadora, deixando seus rastros pelo País desde de 2006, quando foi lançado, mais precisamente no segundo semestre. O novo Prisma irá substituir não só o antigo Prisma, mas como também o Corsa Sedan - o Sonic Sedan substituiu o Astra Sedan.
O Omega Fittipaldi também não é mais vendido por aqui. O modelo teve apenas 600 unidades importadas ao País desde seu lançamento, com preço de R$ 161 mil em seus últimos meses de venda.
Na Ford, houve mais lançamentos do que "mortes". O único modelo que não faz mais presença do catálogo nacional da montadora é a picape grande F-250, que teve sua produção descontinuada em fevereiro para, de acordo com a Ford, dar espaço para as versões mais caras da nova geração da Ranger. Além disso, a F-250 não mostrava empenho nas vendas, com apenas 200 unidades por mês, apesar de não ser um modelo de nicho amplo.
A Volkswagen deixou de fabricar "a station wagon mais jovem do país". A Parati, apesar da marca não ter emitido um anúncio oficial, saiu de linha em meados do segundo semestre de 2012. Com a chegada da irmã maior SpaceFox, mais moderna, anos atrás, as vendas do modelo derivado do Gol teve suas vendas diminuídas expressivamente. Neste ano, cerca de 3.500 unidades apenas foram comercializadas da VW Parati, ocupando o 110º lugar no ranking de carros vendidos mensalmente. O modelo, inclusive, tinha preço bastante elevado, chegando a ultrapassar os R$ 52 mil na versão Surf equipada com motor 1.6 e todos os opcionais. Uma nova Parati, baseada na quinta ou até na sexta geração do Gol, não deverá ser lançada, já que a marca conta com a perua do Fox.
A francesa Renault parou de fabricar em agosto a perua Grand Tour, que sobrevivia com vendas bastante empolgantes no mercado nacional mesmo após a "morte" do sedã Mégane, que saiu de cena da gama da marca para a chegada do Fluence. O modelo, que já ganhou uma nova geração no mercado europeu, saiu de linha sem justificativa, já que estava em um bom momento no mercado e, até o momento, não foi substituída por nenhum outro veículo do tipo - os executivos da Renault, apesar das cogitações, confirmou que a Dacia Lodgy não deverá ser oferecida por aqui nos próximos anos.
Ainda no grupo PSA, a Citroën também deixou de oferecer um modelo familiar, em abril. O velho Xsara Picasso parou de ser produzida em março. O modelo teve suas vendas prejudicadas com a chegada do C3 Picasso e, além disso, já era um modelo bastante velho no mercado, com onze anos de produção. No decorrer deste ano, o Citroën Xsara Picasso teve pouco mais de 2.400 exemplares comercializados.
Continuando no lado das montadoras francesas, a "felina" Peugeot deu fim na vida do hatch médio 307, que saiu do catálogo nacional do fabricante para dar espaço para a chegada do novo 308. A marca não anunciou oficialmente o fim de linha do 307, mas é provável que aconteceu pouco antes da chegada do irmão mais novo no País, em setembro. Além do hatch, a linha 307 gerou frutos como o sedã, que parou de ser produzido no final do ano passado, e os importados perua e conversível.
A Volvo, por sua vez, parou de fabricar neste mês de dezembro o hatch médio C30, o menor e mais barato modelo de sua gama em todo o mundo. Apesar do seu fim, há ainda unidades nas concessionárias da Volvo. A Ferrari também fez mudanças em seu catálogo. A 612 Scaglietti deixou de ser oferecida por aqui para dar lugar para a FF, o primeiro automóvel a utilizar tração integral da história da marca e o carro com maior IPVA de São Paulo do ano de 2013.