Cheia de mudanças, Honda CBR 1000RR Fireblade 2018 chega às lojas por R$ 69.990.
Além do novo design, esportiva ficou mais leve, mais potente e ganhou versão exclusiva com tanque e escape feitos de titânio
A linha 2018 da Honda CBR 1000RR Fireblade já está sendo oferecida nas lojas da marca pelo preço de R$ 69.990, na versão standard, que vem sempre na cor vermelha; e por R$ 79.900 na versão CBR 1000RR Fireblade "SP", que entre outras melhorias em relação à variante mais básica, é inspirada nas cores de competição HRC (branco, azul e vermelha). As duas motos se diferenciam por uma série de componentes em sua estrutura ciclística e mecânica.
A nova Fireblade, apresentada no último Salão Duas Rodas, no fim do ano passado, é importada do Japão, tem três anos de garantia e assistência por igual período no Brasil, Argentina, Chile, Uruguai e Paraguai. Segundo a fabricante, o novo projeto traz 90% dos componentes totalmente novos em relação à geração anterior. Confira o que mudou:
Estilo e design: A nova CBR 1000RR Fireblade traz linhas que remetem aos modelos de competição da Honda Racing Corporation (HRC). Além disso, segundo a Honda, a prioridade da marca japonesa foi a de fazer uma moto com menor peso, mais potência e com mais controle.
A redução de 15 quilos de peso só foi possível porquê a montadora alterou itens como parafusos e arruelas, pequenas peças plásticas e outros itens. Na Fireblade SP, por exemplo, o escape e o tanque de combustível, com capacidade para 16 litros, foram desenvolvidos em titânio. O que de quebra, segundo a Honda, ajuda a garantir maior eficiência na centralização de massas, uma vez que o titânio é um composto muito mais leve e resistente do que as ligas metálicas normalmente utilizadas.
Além de mais agressivo, o novo design foi concebido para garantir menor arrasto, por isso traz carenagens menores que ajudam a refrigerar melhor o motor e também a desviar o vento do corpo do piloto. As linhas estão mais limpas e retas, com uma dianteira em forma de fecha e rabeta elevada e assento em dois níveis (com altura de 832 mm).
Conceito "Controle total": O pacote tecnológico batizado de "controle total" é equipado com uma unidade de medição de inércia (IMU) de cinco eixos que analisa a moto em todos os planos e comanda o sistema TCS de controle de torque regulável (HSTC), que porporciona mais precisão na tração enviada à roda traseira por meio da ECU do sistema de injeção.
Além dos novos freios ABS e do novo sistema de seleção do modo de condução (RMSS), que libera potência em níveis por meio da resposta ao acionamento do acelerador, a nova Fireblade vem de fábrica com acelerador eletrônico (Throttle-by-Wire), que confere maior precisão e sensibilidade nas acelerações, uma vez que todo o trabalho fica por conta da ECU (Unidade da Central Eletrônica) e do sensor de posicionamento da manopla do acelerador (APS).
O visor LCD de alta definição do painel de instrumentos exibe as informações de todos os parâmetros eletrônicos de assistência que podem ser ajustados pelo condutor. O botão da função "Mode", localizado à direita do guidão e próximo à manopla, é responsável por selecionar até cinco modos de pilotagem. Priorizando conforto ou desempenho, e ajustando parâmetros de potência do motor, controle do torque e o controle do freio-motor.
Equilíbrio e agilidade: A nova CBR 1000RR também ficou 15 quilos mais leve do que sua antecessora. Agora, a moto afere 196 quilos em ordem de marcha, 195 quilos na versão SP, para entregar uma pilotagem mais equilibrada. O novo quadro em alumínio tipo Diamond de dupla trave, por exemplo, foi remodelado para oferecer mais eficiência por seu peso aliviado. Outros pontos de destaque que segundo a fabricante garantem maior equilíbrio, maneabilidade e agilidade na pilotagem é a menor espessura do braço oscilante Pro-Link e no novo subquadro, também mais leves.
A suspensão dianteira conta com garfo invertido e ajustável da Showa BPF. Os freios ABS são de disco duplo na frente e simples atrás, com novas pinças Brembo na configuração SP, e Tokico na versão standard. A dianteira conta com pinças fixadas de forma radial e amortecedor de direção eletrônico.
As rodas de cinco raios vestem pneus 120/70 R17 na dianteira e 190/50 R17 na traseira. A suspensão na porção traseira tem curso de 62 mm e amortecedor Showa totalmente ajustável. A novidade é que a versão SP é equipada com suspensões exclusivas da Öhlins que podem ser ajustadas eletronicamente, direto no painel da motocicleta, na configuração dos modos de condução. São seis níveis de ajustes da suspensão, três manuais e três automáticos.
Força e desempenho: A nova CBR1000RR Fireblade abriga um motor quatro cilindros e quatro tempos a gasolina de 999,8 cm³ arrefecido a líquido com 192 cv de potência a 13 mil rpm (11 cv a mais) e 11,8 kgfm a 11 mil giros que garantiu um ganho de 14% na relação peso/potência, que a aproximou muito da marca de 1:1.
A estrutura mecânica foi redesenhada e ganhou itens de magnésio que pouparam dois quilos de peso no propulsor. A compressão aumentou de 12,3:1 para 13:1. A injeção eletrônica PGM-DSFI garante a presença da CBR1000RR Fireblade no grupo das motos que atendem à segunda fase do PROMOT 4 (Programa de Controle da Poluição do Ar por Motociclos e Veículos Similares).
As trocas de marcha ficaram mais suaves devido à utilização de uma nova embreagem, que exige 17% a menos de força de acionamento em sua operação. Na versão SP o câmbio está equipado com sistema "quickshifter", que permite subir ou descer marchas de forma mais rápida, sem necessidade de acionamento do manete da embreagem. O câmbio tem seis velocidades com transmissão por corrente.
Fonte: AutoEsporte, por Alexandre Izo, 12/06/2018 09h51.