Fonte: Notícias Automotivas
No Brasil, o automóvel é um caro bem não durável. Com preços exorbitantes,
especialmente dos lançamentos, o consumidor é obrigado a desembolsar uma quantia
enorme para ficar com um veículo que muitas vezes é trocado depois de três anos
de uso. E vale a pena trocar?
Se a opção for manter um padrão de automóvel sem pensar na evolução (financeira)
para atingir segmentos mais altos e de maior custo, o "investidor" terá que
desembolsar uma pequena fortuna ao longo do tempo. O cálculo se baseia em um
carro de R$ 80.000, por exemplo.
A entrada é de 50% mais saldo com taxa mensal de 1% e troca três anos depois. Se
na venda, o proprietário conseguir obter metade do valor original do veículo,
ele terá em mãos R$ 40.000 para dar novamente de entrada na compra de um similar
de R$ 80.000.
Ao longo de 36 anos, terão passado pela garagem do consumidor 12 carros
diferentes com preços similares. Então, para pagar o financiamento de todos
esses carros de R$ 80.000 cada por mais de três décadas, será necessário pagar
mensalmente R$ 1.328,57.
Caso você decida que não quer desfilar por aí em um carro de R$ 80.000 e prefira
investir o dinheiro, o volume economizado ficará bem interessante ao longo de 36
anos. Com base na taxa de 4,58% ao ano (até 2050 e fora correções
inflacionarias) das NTN-B, o valor aplicado chegaria a R$ 1,1 milhão. Ou seja,
cada carro custaria em média R$ 91.667.
Não parece muito, não é? Mas esse cálculo é apenas referente ao preço do
veículo, excluindo taxas, impostos, seguro, manutenção, combustível e outros
gastos gerados pelo carro. Com estes, o valor final ficará muito maior e até
poderia compensar quem hoje dispensou o carro e utiliza táxi ou outras formas de
transporte público.